Porquê esta ansiedade irracional de agora e de amanhã? Porquê este nó interior que ata ambição e vontade? Porquê este medo? Porquê estas dúvidas? Porquê..? A lúz ao fundo do túnel parece sempre e cada vez mais ténua. O fim de uma mágica época cuja reedição é impossível e a continuidade improvável. Tanto tempo perdido. Não só por isto mas também por aquilo. Não só real como etéreo.
Et merde et merde et merde!
Sonhos quebrados, ilusões desvanecidas. O que sobra? De mim e de ti? De mim e de vós? De nós? Realidade fria e cortante. Realidade mascarada atrás de um dia soalheiro que grita o seu desespero detrás do seu calor reconfortante. Realidade dura. Realidade ilusória. Onde e quando? Para onde e quando? Quando? Ou nunca.. Se nunca for, preferia saber agora, o luto talvez possa começar mais cedo e curar o incurável.
Et merde et merde et merde!
Dias, semanas, meses e anos passam mas a turbação permanece. Ainda se a sua opacidade fosse um manto reconfortante de frente da realidade.. Mas não. Apenas acrescenta à angústia. Piora uma ruim certeza com incerteza. Redobra a dor do sofrimento com o poder, neste caso nefasto, da dúvida. Que fazer? Aguentar? Aguentar apesar de tudo e contra tudo? Aguentar cegamente? Mantendo uma vã e inocente esperança? Esperança.. Alimento insubstancial que nutre as gentes mas deixa-as de estômago vazio. Alimento que embora consumido em larga escala, os benfeitos ainda restam por provar. Esperança, pão do diabo! Esperança que faz viver e mata lentamente mas inelútavelmente..
Et merde et merde et merde!
Advienne que pourra. Qui vivra, verra.”
Anonymous