segunda-feira, 27 de agosto de 2012

C'est la vie

A ansiedade do receio. Saber se os projectos são meramente ilusórios. Medo do insucesso. Medo de falhar a vida porque só há uma. Uma oportunidade apenas. Não há recurso. Não há época de conclusão  para a vida. Às vezes, os sortudos, eu, temos segundas oportunidades. E se essa também falhar? Que restará? Que rumo tomar? Haverá um rumo? A vida planeia-se ou deixa-se levar? É como um texto que se vai escrevendo, deixando fluir o que vem sem barreiras nem crivo? Ou esquematiza-se, planeia-se e projecta-se? L'homme propose et dieu dispose. Até onde? Até que ponto? A velocidade da vida é tanta. Demasiada. Dúvidas, dúvidas, dúvidas e angústia. A Angústia de viver sem saber como. Manual de instruções requer-se. Nem que seja para o subverter, ignorar ou contradizer. Bah.

domingo, 26 de agosto de 2012

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Consumismo

"Speaking at an international event series of lectures called Creative Morningsartist Jonathan Harris argued, “Curation is replacing creation as a mode of self-expression.” What he meant is that we no longer produce, we just intelligently consume, and the consumption is our primary outlet for satiating creative urges. Carina Chocano, writing in the New York Times, is more accurate in describing this curation as satisfying “visual addictions” rather than forming true self-expression."

http://www.artinfo.com/news/story/817400/how-the-art-worlds-lingo-of-exclusivity-took-root-branched-out-and-then-rotted-from-within

sábado, 11 de agosto de 2012

Coquetterie

Em companhia animada e interessante, esqueces por momentos perante quem estás e deixas-te levar pelo prazer da conversa. Apenas vês o ser humano, teu igual, teu semelhante e num momento de répit, a pessoa deixa escapar que apesar do seu inquestionável amor pelos animais, se o cão a tivesse mordido na perna e não na mão, não se tinha livrado de boa. Indagas "Porquê?" Ouves: "Porque tenho pernas mesmo giras!" numa indignação do óbvio. Vês a mulher à tua frente, vês toda a sua feminidade e coquetterie consubstanciadas numa frase. Os innuendos, os sub-entendidos, uma frase tão rica de intensidade, sabores e sentido. E tão deliciosamente transformada pela expressividade, pelo olhar, pela cara, pelo sorriso. Que óptimo. Que delícia. Quão mulher e quão bem lhe fica.