sábado, 14 de maio de 2011

Cores

A cor da imensidão do vazio tem o condão de acalmar e aterrorizar. A força poderosa da indiferença, armadura sem falha nem fraquezas. O prazer da esgrima argumentativa no calor de uma reconfortante amizade. O sofrimento da estranheza de um povo surrealista. Um mundo com leis desconhecidas. Um lugar de paixões perdidas e amizades truncadas. Uma azia social. Uma descoberta sem fim. Uma cansada curiosidade insaciável. A visão que acaba quando a saia cobre a perna deixando à imaginação um caminho demasiado cumprido para percorrer sem percalços. Calor abafado de uma alma perdida. Suor de uma noite de ânsia sonolenta. A linha que une o mar ao céu desenha-se com a fé de um dia melhor e apaga-se com a cor da imensidão do vazio da noite.

Um olhar apanhado, um sorriso conquistado, a música de uma gargalhada vale a salvação de uma razão perdida? A veracidade da compreensão interpretativa do indivíduo alienada da realidade pelo mistério do saber de uns e pelo sentimento doutros. A verdade que se procura todos os dias numa busca incessante e inglória. Paz apenas alcançada no silêncio do sono. Dormência de uma vida passada. Sensações que entorpecem a alegria de estar. Glória, Glória. Aleluia. Pá Puta que o Pariu.

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