domingo, 3 de abril de 2011

Il est bien la peine de faire tant de simagrés à la vie.


 Acordei bem disposto de manhã. O sol, especialmente se ausente durante algum tempo, tem esta capacidade de fazer sorrir despropositadamente. Mas se formos ver as coisas como deve ser, não é por nada e não é preciso fazer disso mais do que o que é. Fiz o pequeno-almoço, cereais com leite frio e um café com leite e açúcar em chávena grande. Tomei o pequeno-almoço. Lá fora já havia um movimento bastante. Hoje não acordei muito cedo e as pessoas já estavam ocupadas. Liguei o computador, li algumas notícias, ouvi algumas músicas e vi um blogue ou outro. Fui tomar banho e vesti-me. Não gosto muito de sair nos dias em que acordo mais tarde, fico com a sensação que as pessoas acham que já devia ter saído há mais tempo, como elas, e ter trabalhado um pouco. Saí, o sol já estava bem estabelecido no céu azul e dardava os seu calor sem considerar a roupa das pessoas, calor indiferente ou indiscriminado. Havia ainda algumas pessoas no passeio mesmo se ainda não era hora de almoço. Cada um seguia, o passo de acordo com o seu dia. Pensei que podia ir até à Praça ver as pessoas e as frutas do dia. Pus música nos ouvidos e caminhei em direcção concordante.  Um casal equilibrava-se precariamente para estar abraçado e aos beijos, ao mesmo tempo que aproveitavam para adiantar caminho. Ela era bonita até. Ou pelo menos parecia ter bons beijos. Os reformados iam em solitário tentando não incomodar todo o movimento jovem. O vagar não é fácil a partir de uma certa idade. As senhoras das lojas vinham à porta fumar um cigarro com a maquilhagem e a chatice. Acho que elas não gostam de ver muitas gargalhadas a andar de um lado para o outro quando sabem que a gargalhada delas está presa ali até às sete. Eu percebo-as. Ninguém gosta de rir sozinho. Era para apanhar o metro mas como não tinha nem calor, nem frio, nem pressa, resolvi continuar a pé. Vi uma cara conhecida que me disse olá, também disse olá e acenei a cabeça.  Acho que era da minha faculdade. Continuei em diante, o meu irmão diz: “para trás mija a burra” e tem razão. À medida que o numero de lojas aumentava, também o número de peões. Já havia de tudo, famílias em convívio dominical, adolescentes a mostrar ao mundo que existem, casais novos e velhos a vaguear com mais ou menos amor, indivíduos em unidose que vindos do ponto A iam inequivocamente para o B. Finalmente cheguei à Praça. Sentei-me num banco e fiquei a descansar um pouco do caminho e das pessoas. Era um dia bonito, estava sol.

2 comentários:

Michael Steven F. Lopes disse...

Very well brother! Keep up the good work que eu voltarei cá para te ler.

Manel Pessoa disse...

Muchas Gracias! :)