quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ich bin ein Berliner ou crónicas de uma estadia em Berlin I

A mulher de olhos azuis

A concentração deste tom cromático é deveras impressionante. E há para todos os gostos. Do azul real ao azul turquesa, do verde albino ao ao verde dourado. E é bonito, mas nada que pessoalmente eleve a minha fantasia a sítios antes não alcançados. Excepto no caso adiante exposto.

Sightseeing não tem a mesma conotação que o seu equivalente luso de "ver as vistas", pelo menos não exactamente. Todavia, não consigo encarar turismo ou passeio que não seja pautado por um híbrido vocabulário, que tarda em ser inventado, que conjugue ambas as actividades. E para minha grande felicidade, os arquitectos e as mães do mundo inteiro deixaram monumentos dignos de deliciar a retina de qualquer um em toda à parte deste mundo. Estava à espera de atravessar a rua. A luz dos peões tinha acabado de ficar vermelha. Quando olhando para os veículos que se preparavam para arrancar, rumo ao caminho do destino de cada, tive direito a uma imagem raramente acessível a não ser através da lente de um ou outro realizador mais adepto de um certo tipo de beleza. À frente dos carros estava uma Varadero vermelha e em cima, vestida como uma assessora empenhada, uma mulher. A viseira esta levantada, apenas se via parte da cara, do mais belo moreno, e do mais puro azul, dois olhos. Que visão. So faltava estar de saltos. Se tivesse tido tempo de reacção, ter me ia atravessado no meio da rua, apenas para poder  desfrutar de tão magnífico quadro durante mais tempo. São coisas..

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