sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Zut

Os momentos desencontram-se. É próprio deles. Se eu soubesse de antemão, faria-os coincidirem. Mas não sabia. Como me pode ser imputado culpa do que eu desconhecia? Não é. Mas quem paga sou eu. O meu sorriso morre por acasos. A minha felicidade murcha por culpa do acaso. Quem es tu acaso ou sorte para me punir assim? Que mal te fiz eu? Raios te partam acaso de merda. Vai para bardamerda. Os casos e acasos fazem-se e desfazem-se por conta de uma força que me escapa e são eles que definem. Por alma de quem? Grito e soluço no escuro da noite que fica sempre sem resposta. Dúvida eterna mas nem por isso descomplicada.

Quando as trevas tomam conta da vida. Quando a pergunta fica invariavelmente sem resposta. Quando isto é assim e pronto, o porquê é fraco, o porquê é constante, o porquê mata. Último folgo de uma esperança enterrada. Último sobressalto de uma vida passada. Morre e desaparece, que a tua visão me enjoa.

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